sábado, 2 de março de 2019

Psicologia da Educação Virtual

       Ao realizar a leitura do livro Psicologia da Educação Virtual, reuni alguns dos capítulos mais significativos e que marcam a minha trajetória como aluno cursista de EAD, tutor e professor. 
           Não posso deixar de citar os momentos e a evolução da web 1.0 à web 3.0 e essas configurações impulsionaram uma revolução também  nas relações entre o usuário e o sistema. Essas mudanças impactaram nos cenários educacionais
Quadro resumo da evolução da web:
*Resumo elaborado e adaptado do quadro comparativo da web 1.0 a 3.0 conforme COLL (2010)

        As tecnologias foram evoluindo e apresentando avanços nos  sistemas de inteligência artificial e mobilidade que facilitam a organização do tempo e a efetivação dos compromissos de acordo com a organização das habilidades e competências de cada um.  Não podemos deixar de explicitar que as habilidades pessoais são fundamentais no processo de troca entre os ambientes físico e social, as tecnologias são fundamentais para potencializar as relações humanas e os processos de desenvolvimento e socialização. 
          No PEAD e no ESPEAD essas mudanças são observadas no modelo pedagógico do curso e nas arquiteturas pedagógicas de suporte as atividades do curso, no qual é desafiado aos alunos a criarem e produzirem conteúdos ultrapassando a barreira do repositório e da educação bancária. A atividade humana é mediada pelo uso de ferramentas. De acordo com LALUEZA e CAMPS (2010, p.47):
Para o processo de construção, as pessoas precisam aprender a tecnologia como ferramenta cultural e utilizá-la em sua interação em contextos sociais. É esse processo de construção que se explica por meio da microgênese.
          Durante o processo do curso nas etapas iniciais e durante os processos de construção e reconstrução no quais são evidenciadas novas propostas de tarefas devemos estar atento as questões e habilidades a serem desenvolvidas - assim vamos realizando a alfabetização tecnológica ao uso de tecnologia.  As novas formas de narrativas e de comunicação vão permeando os espaços realizando novas colagens e superposições. Com esses modelos podemos contemplar o exemplo da linearidade dos blogs conectados ao hipertextos que abrem janelas a novos contextos e ideias - ampliando o mapa cognitivo.  A tecnogênese  -  processo no qual os humanos constroem, manipulam e interagem com as TIC's, cujos efeitos consistem na aquisição de novas funções e estruturas de mente humana e na constante transformação do meio sociocultural. A tecnogênese impacta no fazer pedagógico do curso e na estrutura de construção do conhecimento universitário pelos cursistas que são desafiados a novas possibilidades reabrindo processos evolutivos do conhecimento. 
         A incorporação das TIC's  no ensino e a relação com a aprendizagem apoia-se na ideia vygotskiana de ferramento de pensamento e potencial de transformação.  Durante todo o processo do curso essas noções ficaram bem nítidas em alunas tímidas as tecnologias que foram se apropriando e conseguindo vencer as suas barreiras emocionais e a estarem se apropriando do uso das ferramentas digitais. 

Estratégias de problematização e provocação / Estratégias de apoio a reconstrução

      Elaborar uma simples tarefa com situações do cotidiano da tutoria não foi fácil, pensar e rever os seus questionamentos e perceber em qual situação ela estava sendo evidenciada não foi simples.  Primeiramente pois acreditamos realizar uma atividade no qual a prática vem sendo realizada e que conseguimos realizar a proposta do curso de acordo com os limites e possibilidades que vem sendo estabelecidos durante o percurso. Buscar em históricos situações que agente gostaria de estar evidenciada e não achar aquela que sonhávamos também nos deixa triste. Trabalhei considerando respeito as características individuais de cada aluna e sempre buscava considerar aspectos positivos e a buscar situações que poderiam ser melhoradas naquele aspecto que foi solicitado.   Também incentivar e a persistir relutando sobre as dificuldades cotidianas e nas situações que configuravam desestimulo ao cursista.   Percebendo essas situações é necessário estar em constante formação, essas nós ajudam a enriquecer nosso repertório profissional e a estar conectado com novas estratégias de ensino. . 
      De acordo com os estudos realizados no curso - ESPEAD - na interdisciplina de Mediação Pedagógica em Educação a Distância podemos refletir sobre as estratégias de problematização e provação ou estratégias de apoio a reconstrução. Podemos definir (Carvalho, Nevado e Bordas, 2006):
a) Estratégias de problematização e provocação: os participantes promovem a reflexão e a crítica sobre as práticas tradicionais, buscando incentivar as “explorações” de idéias,de recursos tecnológicos e de ações práticas desenvolvidas, promovendo reflexões sobre  essas ações e pensamentos. Realizam intervenções que contrapõem idéias de diferentes autores com as das próprias professoras-alunas para que aconteça uma análise comparativa entre elas. Em outras intervenções, são solicitadas justificativas para as respostas para ver se elas estão seguras de suas afirmações.

b) Estratégias de apoio à reconstrução: a estratégia de problematização é complementada por uma função de apoio às reconstruções. Se o professor intervém no sentido de problematizar, ele também age no sentido de incentivar e apoiar a aprendizagem, oferecendo informações e sugestões de leituras e bibliografias. Essas
intervenções visam apoiar as construções das professoras-alunas, disponibilizando informações e materiais diversificados. Os professores assumem uma postura não diretiva, sendo que as idéias são apresentadas não como verdades, mas explicitando-se tratar de postura interpretativa do professor frente aos conceitos e idéias.
      Ao pensar nessas duas estratégias penso que contemplei essas ações em diferentes momentos auxiliando as alunas a retomarem o seu pensamento e a efetivar as  suas reflexões e críticas sobre suas práticas desenvolvidas ao longo do curso. Ser tutor do Seminário Integrador exige uma responsabilidade que deve ter claro esses momentos.   Nas mensagens de retorno das cursistas sentia também uma segurança reciproca sobre esses processos de trocas e aprendizagens realizadas durante o curso. 


REFERÊNCIAS:

NEVADO, R. A.; CARVALHO, M. S. C.; BORDAS, M. C. Licenciatura em Pedagogia a Distância: guia do professor. Porto Alegre: Gráfica da UFRGS, 2006.

ZIEDE, Mariângela Lenz ; Bicca, Simone ; NEVADO, R. A. . Estágio Curricular Online em Curso de Pedagogia a Distância. RENOTE. Revista Novas Tecnologias na Educação , v. 9, p. 1-10, 2011.

sexta-feira, 1 de março de 2019

As arquiteturas pedagógicas e as estratégias para sua aplicação em ambientes virtuais

       Uma das principais mudanças de paradigmas e teorias estudadas na Educação a Distância  e que são aplicadas no PEAD e no ESPEAD é a questão do modelo pedagógico do curso.  Em primeiro momento achamos que o EAD é igual em todas as instituições de ensino - mas analisando os detalhes da psicologia organizacional e pedagógica do curso conseguimos perceber grandes disparidades entre um mesmo curso, porém ofertado com  modelo pedagógico em EAD diferente um do outro.  
     Devido minha experiência em EAD em pós-graduação e em cursos de extensão EAD conseguir perceber diferenças no ensino das universidades.  Através de uma arquitetura pedagógica e de estratégias para sua aplicação podemos perceber diferenças nos aspectos organizacionais, no conteúdo, nos aspectos metodológicos e no aspectos tecnológicos.     
      De acordo com a leitura Arquiteturas Pedagógicas para a Aprendizagem em Rede no Contexto do Seminário Integrador foi importante realizar a leitura para situar o modelo pedagógico do curso e das propostas de atividades realizadas na primeira edição do curso e que também foram utiliza    das na segunda edição do curso na interdisciplina de Seminário Integrador.  Eu como aluno na primeira edição e na segunda edição como tutor. possuo um olhar bem atento quanto a essa questão e gosto muito de explicar e diferenciar o modelo pedagógico aplicado aqui na UFRGS frente a outros cursos e universidades. 
       Do ponto de vista pedagógico podemos situar a concepção bancária x modelo relacional. Em EAD também podemos perceber essas visões no formato organizacional, metodológico e no uso das tecnologias. 
Gerações da Pedagogia da EAD 
Mattar (2012, p.22)

      O curso que estamos realizando na especialização em Tutoria EAD - Ambientes Virtuais e Mediação Pedagógica, faz os tutores pensarem em estratégias ao uso da aprendizagem mediada pela tecnologia baseadas no socioconstrutivismo e no  conectivismo. 

REFERÊNCIAS:

BEHAR, Patricia Alejandra; PASSERINO, Liliana; BERNARDI, Maira (Org.). Modelos Pedagógicos para Educação a Distância: pressupostos teóricos para a construção de objetos de aprendizagem. RENOTE: Novas Tecnologias na Educação, Porto Alegre-RS, v. 5, n. 2,  dez. 2007.

CARVALHO, Marie Jane; NEVADO, Rosane A., MENEZES, Crediné Silva de. Arquiteturas pedagógicas para a educação a distância: concepções e suporte telemático. In: XVI Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. ANAIS, V. 1, 2005, p. 362-371.

MATTAR, João. Tutoria e interação em educação a distância. São Paulo: Cengage Learning, 2012.